Eu sempre volto para a vida das pessoas,mas isto é engraçado. Volto com o rosto encoberto, e elas não podem me reconhecer.
Seria isso um jogo malicioso com os que estão ao meu redor, ou um sofrimento que eu escolhi para mim mesma? Quando retornamos de algum lugar ou vamos ao encontro de quem amamos, a primeira coisa que desejamos é ser reconhecido e ser abraçado com muita intensidade.
Acho que aprendi, em determinados momentos a lidar com a solidão. Por consequência, sei lidar com estes recursos anônimos de comunicação. Isso sugere uma certa frieza de sentimentos e uma grande maturidade. Mas sinceramente, foi assim que aprendi a dar o melhor que tenho de mim. É muito difícil reconhecer defeitos, traços de personalidade e de caráter, etc e tals; sempre achei que através de discussões não seria o caminho adequado para melhorá-los e conhecer melhor a mim mesma. Resolvi me afastar um pouco para observar as problematizações que acontecem dentro de mim. Encontrei muitas e resolvi passar a limpo neste diário. É tão enriquecedor quando olho muitas das minhas emoções transcritas aqui. Aprendi tantas coisas e o melhor: quando volto para a vida de quem amo, mesmo sem ser reconhecida levo até eles um pouco de mim em palavras um pouco distorcidas, mas porém com a minha essência de viver. Tudo tem um preço; eu escolhi o meu, mas isso é o que me faz incrivelmente feliz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário