sexta-feira, 4 de junho de 2010

Não poderia me esquecer da educação ortodoxa que os meus pais me deram. Ensinaram-me o que era religião, e não o que era ter fé. Isso confundiu o meu mundo interior e me fez criar uma série de questionamentos.
Ao completar 10 anos de idade, tinha certeza que tudo aquilo não era para mim. Ao mesmo tempo eu sabia que não era o momento apropriado para sair fora, meus pais jamais deixariam que eu tomasse esta decisão. Enquanto isso, fui levando o meu corpo até a igreja, mas a alma meus queridos, estava tão longe e eu não tinha a dimensão de onde ela estava.
Eu tinha vontade de usar os batons lindos que as minhas amigas usavam, os brincos lindos que elas penduravam em suas orelhas e que as tornavam demasiadamente interessantes e convidativas.
Ao completar 13 anos, conheci um garoto interessante, numa praça próxima ao meu colégio. Ele sorria para mim, insinuava, mas ao mesmo tempo era tímido. Eu também queria me aproximar, pois ele me causava curiosidade e me atraía bastante.
Certo dia, nos aproximamos e ele me beijou. Estava envolvida. Ele era também a carta de alforria para aquela situação que me sufocava há muito tempo, já que ele não participava da filosofia que eu estava inserida.

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